"Amália atrás de Amália" é uma das varias obras de Ficção Científica brasileira que estão sendo lançadas pela Editora Patuá na coleção Futuro Infinito. A novela de Marco Aqueiva é a uma daqueles histórias em que a forma é um elemento ativo da história. As 81 páginas da obra podem levar a errônea primeira impressão de tomá-la por uma leitura rápida de praia. Contudo, Amália atrás de Amália exige do leitor muita atenção aos detalhes, sensibilidade e principalmente pensar fora da caixa. A narrativa é não-linear o que pode desagradar o leitor casual, mas recompensa quem aceitar se aventurar por sua loucas páginas.
A história gira entorno de Amália, que vive em um Brasil futuro cercada de tecnologia (chips neurais, biotecnologia) e violência. A violência de uma ditadura, de perder tudo e ser perseguida por ser quem ela é mas nem Amália sabe quem é, porém sabe que quer sua filha. Racionalizar a história para além disso é parte do sabor de acompanhar Amália, e deixo para o leitor.
A estrutura é basicamente não-linear. Os capítulos são curtos e o autor não manda um manual para organizá-los, mas a sensação de fuga e perseguição é constante. Momentos inebriantes e líricos logo são cortados por alguma urgência o que confere agilidade a leitura mas a não-linearidade obriga a retornar capítulos inteiros atrás de algum detalhe perdido. Preferi ler todo o livro uma segunda vez para encontrar os detalhes que julguei pouco importantes, que na verdade ajudam a entender o geral, o que valeu muito a pena. O mistério é instigante, o que acabou me fazendo reler assim que virei a última página. Foi uma experiência bem atípica de leitura, pois não estou acostumado a esse estilo de literatura-arte e acabei apreciando bastante o estranhamento que me causou. Recomendo!
A história gira entorno de Amália, que vive em um Brasil futuro cercada de tecnologia (chips neurais, biotecnologia) e violência. A violência de uma ditadura, de perder tudo e ser perseguida por ser quem ela é mas nem Amália sabe quem é, porém sabe que quer sua filha. Racionalizar a história para além disso é parte do sabor de acompanhar Amália, e deixo para o leitor.
A estrutura é basicamente não-linear. Os capítulos são curtos e o autor não manda um manual para organizá-los, mas a sensação de fuga e perseguição é constante. Momentos inebriantes e líricos logo são cortados por alguma urgência o que confere agilidade a leitura mas a não-linearidade obriga a retornar capítulos inteiros atrás de algum detalhe perdido. Preferi ler todo o livro uma segunda vez para encontrar os detalhes que julguei pouco importantes, que na verdade ajudam a entender o geral, o que valeu muito a pena. O mistério é instigante, o que acabou me fazendo reler assim que virei a última página. Foi uma experiência bem atípica de leitura, pois não estou acostumado a esse estilo de literatura-arte e acabei apreciando bastante o estranhamento que me causou. Recomendo!
Caro Davenir, estamos Amália e eu muito contentes com sua resenha! E tocados pela rapidez de sua resposta à narrativa. Muchas gracias!
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