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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Leituras e Escritas de 2024, e pretensões para 2025.

 


Este ano foi um ano bem fraco em leituras, mas não de leituras fracas. Consegui me dedicar algum tempo a escrita e lançar um dos livros que escrevi. A primeira metade foi onde consegui mais ler. Começando pelos romances: SILÊNCIOS INFINITOS da Nikelen Witter e UM MILHÃO EM MIM do Cirilo Lemos completaram as leituras da Coleção Dragão Mecânico, que gostei de todos os livros. ENTREVISTA COM O VAMPIRO da Anne Rice eu li embalado pela a série do mesmo nome que me encantou demais esse ano. O livro foi melhor que o filme mas a atualização que a série faz melhorou o livro demais. Por fim BANHO DE SOL do Ricardo Celestino foi uma leitura muito profunda e o ótimo livro, ainda que eu goste mais do anterior. 

Foram poucos romances mas consegui equilibrar com a quantidade de livros de contos. APÓCRIFOS DO FUTURO da Romy Schinzare foi um ótimo livro de contos seguindo o mesmo estilo do Contos Reversos com a pegada de "Além da Imaginação". SOBRE FANTASMAS E OUTRAS MEMÓRIAS do Pedro Teixeira foi um dos livros de contos mais coesos que já li. Isso faz com que os contos elevem uns aos outros. O GRITO DO SOL SOBRE A CABEÇA foi um lindo presente do Brontops Baruq e já estava devendo a leitura há um bom tempo e valeu a pena.

Contos, soltos eu tentei manter a sequência de leituras de contos da Revista Mafagafo no terceiro ano. Contudo, só consegui ler dois deles. CORPO ESTAMPADO da Iris Fonseca e CABARÉ EM CHAMAS de H. PUEYO, que foram contos ótimos e ainda quero continuar a leitura em 2025 e finalmente fechar o terceiro ano da Mafagafo. Fora dessa coleção li o SANKOFA da Juliana Vicente que levou o Argos. Além do livro de vampiros da Anne Rice, li COBRA NORATO do Raul Bopp pois é um daqueles livros que estavam na escola onde trabalho e uma tentativa de entrar em contado com a poesia. Gostei bastante e quero repetir a dose em 2025.

Por fim, li algumas HQs independentes. O numero PERYC, O MERCENARIO Nº5 e O MUNDO SELVAGEM DE PERYC Nº1 é uma série que vou acompanhar para me ajudar a escrever a saga que comecei com O DEUS NA LAGOA adaptando o personagem. Mal posso esperar para lançar o segundo livro. Li também os dois primeiros números da HQ CYBERPUNKS, que seque completamente embebida dos estereótipos do subgênero e por isso mesmo divertido.

Quanto a escrita, o ano começou com a escrita do que viria a ser o livro O DEUS NA LAGOA, que foi uma vontade de escrever uma história minha para o personagem Peryc. O dono do personagem, Denílson Reis, o criou para homenagear Conan, e já publicou diversos fanzines e quadrinhos, sempre em colaboração com roteiristas e desenhistas. Como eu não sei roteirizar, tampouco desenhar, decidi fazer uma linha do tempo nova em formato de prosa. Assim, como é a forma original que Conan surgiu, na literatura pulp dos anos 1920/30, trouxe o personagem para esse formato. Buscando criar uma história com ação, monstros, uma musa e algo a mais que me viesse a cabeça e que faz parte do mundo de Peryc. Denílson gostou tanto do resultado que editou o livro que saiu em outubro de 2024. Agora para esse ano, pretendo escrever uma segunda história para o personagem.

Em 2024, escrevi um terceiro livro de uma série steampunk com fantasia (que chamam steamfantasy) que nunca lancei, mas tenho na gaveta pois quero lançar do jeito certo. Quero apresentar esses livros como uma pegada pulp também, onde temos histórias com bastante ação mas com um pano de fundo político e riqueza cultural mais densos. Os personagens vivem em um continente em guerra onde reinos, impérios e repúblicas tentam se equilibrar em uma paz frágil. Em em meio a isso, uma companhia de mercenários percorre esse cenário realizando trabalhos para sobreviver. Se tudo der certo, o primeiro livro fica pronto, e também um jogo de cartas exclusivo (tendo o livro como lore do jogo) que será vendido junto com livro.

Outro projeto é uma outra série steampunk, que tenho publicado em formato de contos. Os primeiros já saíram em anos anteriores. Crime no Mercado Público, na antologia Outros Brasis da Ficção a Vapor; a noveleta A Sombra da Rua do Arvoredo, e no ano de 2024 o conto Tenório perde sua alma, que saiu no Almanaque Gibi do Terror, e na antologia Voltas ao redor do sol (também em 2024). Já tenho um conto pronto neste universo para uma próxima publicação. A série mistura fantasia e ficção científica, se passa num Brasil onde as revoltas conseguiram enfraquecer o Império Brasileiro, gerando novos países. Nela, vamos acompanhar personagens diversos mas que juntas as histórias vão formar uma narrativa só. Quando conseguir juntar todas as histórias e dar algum encerramento ao ciclo dos personagens, pretendo lançar um livro só com elas.

Por fim, espero finalmente lançar a terceira antologia da série Outros Brasis, e encerrar a trilogia com Outros Brasis Cyberpunks, onde várias coisas já estão prontas, mas quero lançar junto com uma oficina que já está praticamente toda gravada. A antologia já era para ter saído há dois anos, mas acho que este ano vai. 

Este um resumo bem chumbrega do que passou e do que pode vir esse ano. Até.

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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Não deixe o punk morrer (Davenir Viganon) - OPINIÃO


O cyberpunk é meu subgênero favorito da Ficção Científica, desde que vi pela primeira vez (quando era um guri nos anos 90) aquele mundo escuro de Blade Runner, cheio de riqueza e pobreza coexistindo em caos. Com o passar do tempo, surgiram muitos gêneros derivados dele; o primeiro, o steampunk, foi criado pelos próprios expoentes do cyberpunk, William Gibson e Bruce Sterling, mas algo se perdeu nas quatro últimas décadas.

Antes de externar minha quase indignação/lamento, vamos desmontar um pouco essas engrenagens, ou chips se preferirem. O cyberpunk que conhecemos surgiu nos anos 1980 nos EUA, como um movimento literário na Ficção Científica. Referiam-se a si mesmos apenas como O Movimento e buscavam novos ares para o gênero, contrapondo-se à Era de Ouro da Ficção Científica, marcada por heróis virtuosos, conquistando o espaço, combatendo monstros como William Gibson criticou em seu conto, The Gernsback Continuum, de 1981. Nesse conto, um fotógrafo encontra-se com um casal, esteticamente muito parecidos com personagens de Flash Gordon, série que representa bem a FC que os cyberpunks buscavam contrapor. O fotógrafo do conto refere-se ao casal como algo saído de um pôster de propaganda nazista. Os cyberpunks buscavam novos caminhos para a FC, que incluíssem falar de sexo, política e drogas abertamente, pelo prisma das ciências sociais e humanas, não apenas das ciências exatas.

A rebeldia e a atitude dos punks são os elementos cruciais do que viria a se chamar cyberpunk. O termo é uma mistura, a grosso modo, da palavra cyber, que remete a tecnologia e punk, no sentido de pessoas marginalizadas da sociedade, impressas no lema “High Tech, Low Life”. Uma atitude desacreditada em um mundo que se pauta na alta tecnologia e baixa qualidade de vida. Expor essas contradições sociais, por meio da pervasividade da tecnologia é o centro da abordagem política do cyberpunk. Passadas quatro décadas, o cyberpunk acabou se tornando realidade em muitos aspectos.

No início dos anos 90, os dois maiores expoentes do cyberpunk, lançaram A Máquina Diferencial. Uma obra retrofuturista numa Inglaterra vitoriana, ou seja, recriou um momento do passado (o sucesso do invento de Charles Babbage, por exemplo), caso algo acontecesse diferente de nossa história. Na obra, ainda se fazem presentes os elementos de rebeldia e a relação com a tecnologia. O nome steampunk fazia sentido na obra, pois ela guarda muitas semelhanças na essência com Neuromancer, obra essencial do cyberpunk.

Tanto o cyberpunk quanto o steampunk extrapolaram os limites da literatura. A estética cyberpunk dominou o cinema de ação, de Blade Runner a Matrix, e a estética oitentista de uma maneira geral. O steampunk, se não tão famoso, trilhou um caminho que, na literatura, o aproximou da Fantasia, e ganhou espaço entre cosplayers encantados com a estética (neo)vitoriana. Algo se perdeu. A estética suja de fuligem e fumaça dessa Inglaterra vitoriana que nunca existiu tornou-se algo limpinho e elegante, que em nada tem da atitude e rebeldia punk, que Gibson e Sterling escreveram em A Máquina Diferencial. É triste ver o sufixo punk em algo que muitas vezes não tem nada de punk. Estética pela estética. Poderia ser apenas retrofuturismo e não haveria nada de essencialmente errado nisso.

Contudo, nem tudo está empapado de beleza e estilo. Especificamente na literatura, podemos acompanhar várias obras brasileiras de steampunk que mantêm viva a rebeldia, a contestação e a atitude que fazem jus ao punk desse subgênero tão amado. Mais especificamente ainda, as obras steampunks de Eneias Tavares, A. Z. Cordenonzi e Nikelen Witter. São histórias retrofuturistas, cheios de personagens marginalizados com destaque e respeito, escritos com habilidade e referências histórias que deixam maravilhado este historiador que vos escreve. Tudo isso sem perder a atitude e a rebeldia que me fazem gostar tanto dessas visões semeadas, há quarenta anos, por Gibson e Sterling. Concluo clamando aos leitores e escritores que não deixem o punk morrer como um sufixo vazio.

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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Ficção Científica e Brasil: um filme de amor na metade (Davenir Viganon) - OPINIÃO

Texto originalmente publicado no blogue da editora Caligo, na Coluna Asas, para qual escrevo regularmente. 

A literatura de Ficção Científica e o Brasil têm um caso de amor complicado. É como naqueles filmes mamão com açúcar. Sabemos que os dois se merecem e, uma vez se conhecendo, se apaixonariam e viveriam juntos, mas passam por uma série de problemas aparentemente bobos. Eu quero acreditar que esse filme existe e com um final feliz por acontecer.

Os motivos para que essa mistura ainda pareça tão atrativa ao grande público quanto uma picanha grelhada batida no liquidificador com banana ou salsicha com leite condensado, já foram pensados antes, e tentarei condensá-los em três.

Primeiro, o Brasil tem uma tradição literária atrelada ao realismo e ao romantismo, que se distanciam da FC, que por sua vez, é mais filha do fantástico. Segundo, a ideia de que pelo Brasil não ser um polo desenvolvedor de alta tecnologia e vivermos a tecnologia apenas na ponta que consume – de segunda mão – nos coloca em desvantagem ou até incapazes de imaginar, debater ou encantar como os autores de FC gringos fazem. Em outras palavras, o velho complexo de vira-latas. Terceiro, o próprio leitor brasileiro que gosta de FC (lembre-se do nosso filme, ainda não há amor aqui), ainda ser muito apegado aos autores clássicos estrangeiros (AsimovClarkeHeinlein) a ponto de não poder/querer acompanhar sequer, os autores estrangeiros atuais, menos ainda brasileiros de FC.

Quer mais drama que impede essa união feliz? Ainda herdamos os preconceitos que a Ficção Científica enfrenta nos EUA, de que se trata de uma literatura menor que nunca deveria ter saído das revistas pulp dos anos 20 – onde Hugo Gernsback cunhou o termo Science Fiction. Sendo assim, a FC é uma tradição literária importada do mundo anglófono – Estados Unidos. Apreciá-la seria vira-latismo? Nossa, parece que esses dois nunca vão ser felizes, meu deus ex-machina! Não temam, românticos e fantásticos amigos. As respostas, como em todo filme mamão com açúcar, estavam na cara de todo mundo o tempo todo.

A Ficção Científica é uma das respostas em si, para quem tiver o olhar adequado. É uma forma de enxergar mundos possíveis, lindos, terríveis, ambíguos. Visões  potencialmente libertadoras da imaginação. Aquelas que nos impedem de aceitar a  realidade repulsiva que nos permeia como algo inescapável ou até aceitável. É um poder de dar um primeiro passo importante para afastar a tacanhice comum do vira-latismo. Entendeu, meu Brasil brasileiro? Os óculos podem até ser importados, mas os olhos não.

Ivan Carlos Regina, com muito mais vigor e habilidade, aborda essa relação no seu Manifesto Antropofágico da Ficção Científica Brasileira (1988), na qual reproduzo apenas alguns trechos saborosos.

Precisamos deglutir urgentemente, após o Bispo Sardinha, a pistola de raios laser, o cientista maluco, o alienígena bonzinho, o herói invencível, a dobra espacial, o alienígena mauzinho, a mocinha com pernas perfeitas e cérebro de noz, o disco voador, que estão tão distantes da realidade brasileira quanto a mais longínqua das estrelas. […] Queremos despertar o iconoclasta que jaz em todo peito brasileiro.

Morte aos adoradores de máquinas. Um caipora verde amarelo devora hambúrgueres, destrói satélites, deglute armas e destroça tecnologias. Um índio descerá de uma estrela colorida brilhante. 

Os futuros pioneiros dessa aguardada FC já estão por ai escrevendo, publicando, querendo encontrar você, caro leitor, desse meu Brasil brasileiro, para fazer esse filme ter um final bem mais criativo que uma comédia romântica enlatada. Quem sabe, algo mais parecido com um índio descendo numa estrela colorida brilhante.

Davenir Viganon

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Desafio Literário Kindle Unlimited 2020


Ganhei um Kindle de presente da minha namorada! Junto do leitor a Amazon dá 30 dias grátis para o serviço Kindle Unlimited, que permite o empréstimo de livros, de boa parte do acervo da plataforma para ler a vontade enquanto o serviço estiver ativo. Depois do trigésimo dia, a Amazon passa a cobrar R$ 19,90 por mês. Nada mal, mas como não tenho grana pra gastar com esse plano, pensei em aproveitar o máximo possível esses 30 dias gratuitos. Dai surgiu o Desafio Literário Kindle Unimited 2020!!! É uma atitude mesquinha e muquirana, eu sei, mas também pode ser divertido.

A graça da corrida é ler o máximo de livros nesse tempo e para deixar as coisas um pouco mais legais, mas não vale fazer leitura dinâmica, o negócio aqui é economizar grana. Para organizar e direcionais as coisas estabeleci algumas orientações que não me obriguei a cumprir a risca, mas ajudam a focar no objetivo especialmente neste desafio.

1. Dar preferência a autores brasileiros pois para muitos autores daqui é a forma mais fácil de colocar seu livro na praça, ainda mais em tempos de quarentena!

2. Dar preferência a mulheres #leiamulheres.

3. Ler Ficção Científica, afinal é o foco do blogue!

4. Não ler obras muito grandes, ao menos na última semana, para não acabar o desafio com um livro incompleto, pois findado o plano, perdemos acesso a todos os livros emprestados.

5. Preferência a livros exclusivos da plataforma porque essa é a hora de ler livros que não conseguiria comprar na versão física. Isso me afasta também de pegar livros que já pretendi a comprar físicos, pois ainda é minha forma preferida de ler. Por exemplo, "Fábulas do tempo e da Eternidade" da Cris Lasatis entrou na minha lista da corrida pois é um livro que está esgotado na versão física. Já "A Telepatia são os outros" da Ana Rush, tem como comprar o físico no site da editora, e como pretendo fazê-lo, decidi deixar de fora da corrida!

Seguindo esses princípios norteadores, eu li entre os dias 03/05 e 02/06/2020, mas efeituei o cancelamento no dia primeiro para evitar a cobrança. O resultado foi: 26 publicações entre contos, novelas, romances e coletâneas. 1344 páginas lidas. Todos brasileiros, com a exceção de Philip K. Dick (Tony e os Besouros e outras histórias).

No fim dos 30 dias, o ainda me foi oferecido mais 3 meses de assinatura por R$ 1,99. Tempo de sobra para ler as obras que ficaram de fora do desafio, então fique ligado caso façam o desafio. Mais uma dica: antes de iniciar o plano fiquei o dia anterior programando algumas das leituras, ano que vem pretendo fazer a corrida e vou dedicar um tempo maior para escolher previamente as obras e deixar mais tempo para leitura.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Lançamento do canal Diário de Anarres e primeiro vídeo


Olá pessoal. Hoje é um dia especial, pois o blogue vai finalmente estender-se para outra mídia, mas com outro nome. Estou lançando hoje o canal Diário de Anarres, onde vou fazer em vídeo o que já faço aqui: resenhas de livros. Também pretendo a médio prazo colocar vlogs sobre ficção científica e/ou literatura.

Segue o link para o primeiro vídeo

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Livros de Philip K. Dick - Resenhados pelo blog!

Quem acompanha o blog sabe que sou fã do Philip K. Dick, então resolvi condensar numa única postagem todas as resenhas que já fiz do autor e todas que pretendo fazer, com os livros ainda não lidos da minha coleção. Vou atualizar essa postagem a medida que fizer novas resenhas. Os livros que já tem resenha possuem link e os que não tem resenha mas que estão na minha estante, tem um resumo. A lista com livros para baixar eu deixe em outra postagem.
ROMANCES
LOTERIA SOLAR (1955) - Leia nossa resenha

O PROFANADOR (1956) - Leia nossa resenha

TEMPO DESCONJUNTADO (1959) - Leia nossa resenha

A MÁQUINA DE GOVERNAR (1960) Leia nossa resenha

O HOMEM DO CASTELO ALTO (1962) Leia nossa resenha


A ESPERA DO ANO PASSADO (1963) 
No livro "À Espera do Ano Passado" viajamos a um futuro próximo, e encontramos uma humanidade que se move no espaço interplanetário, mas que se encontra espartilhada numa guerra aparentemente invencível contra um inimigo alienígena. O seu incerto futuro está depositado nas mãos de um único homem, Molinari, uma figura enigmática e obscura. Mas conseguirá este líder supremo da humanidade salvá-la de um fim catastrófico? (Ainda sem resenha nesse blog)


OS TRÊS ESTIGMAS DE PALMER ELDRITCH (1964) Leia a nossa resenha


A PENÚLTIMA VERDADE (1964)
A obra descreve uma população toda vivendo no subsolo da Terra convivendo com imagens falsas feitas pelo governo, onde se vê uma Terra devastada. Porém a terra está intacta e desfrutada por uma elite. (Ainda sem resenha nesse blog)

CLÃS DA LUA ALFA (1964) Leia nossa resenha

O TEMPO EM MARTE (1964) Resenha em breve


ESPAÇO ELETRÔNICO (1964) - Leia nossa resenha

ANDROIDES SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS? - (1968) Leia nossa resenha


UBIK - (1968) Leia nossa resenha


O LABIRINTO DA MORTE (1968)
Num futuro em que a existência de Deus (o Fabricante de Homens. o Intercessor. O Caminhante na Terra) e seu oposto (0 Destruidor da Forma) já foi provada cientificamente, em que se estabeleceu contato eletrônico com a divindade, um grupo de homens e mulheres estão perdidos num planeta deserto, sem possibilidades de pedir ou receber socorro. Estão sujeitos à ação de forças misteriosas, estão sendo mortos por essas forças, presos a angústias e sentimentos milenares, que atravessaram o passado e continuam no futuro. Mas o que está acontecendo de fato em Delmak-O? A ilusão é realidade ou a realidade é ilusão? Labirinto da Morte é uma obra inteligente e instigante, repleta de suspense, que prenderá e surpreenderá o leitor até a última página. (Ainda sem resenha nesse blog)

NOSSOS AMIGOS DE FROLIX-8 (1969)
Philip K. Dick choca sonhos privados contra as batalhas públicas em um romance de ritmo rápido e provocante que, finalmente, aborda a nossa salvação, tanto como indivíduos e como um todo. (Ainda sem resenha nesse blog)


FLUAM, MINHAS LÁGRIMAS, DISSE O POLICIAL - (1970) Leia nossa resenha


REFLEXO NA ESCURIDÃO - (1973) Leia nossa resenha

O DEUS DA FÚRIA com ROGER ZELASNY (1976) Leia nossa resenha

VALIS - (1978) Leia nossa resenha


A INVASÃO DIVINA (1981) Leia nossa resenha

A TRANSMIGRAÇÃO DE TIMOTHY ARCHER (1982)
O bispo Timothy Archer é o mais carismático dos chefes da Igreja da Califórnia, um sincero defensor da verdade, disposto a modificar, ou mesmo a abandonar os mais secretos dogmas da fé cristã, disposta a defender que as mais célebres palavras de Cristo se encontravam registadas duzentos anos antes de Ele ter nascido, disposto, até, a ser julgado como herético. A morte arrebata-lhe os que lhe são mais queridos: o filho, Jeff, e a amante, Kirsten, mas Timothy Archer não deixará que nada interfira na prossecução da sua busca. (Ainda sem resenha nesse blog)


COLETÂNEAS DE CONTOS


SONHOS ELÉTRICOS 
contosPeça de Exposição (Exhibit Piece); Autofab (Autofac); Humano é (Human is); Argumento de Venda (Sales Pitch); O fabricante de gorros (The Hood Maker); Foster, você já morreu (Foster You're Dead); A coisa-pai (The Father-thing); O planeta impossível (The Planet impossible); O passageiro habitual (The Commuter); O enforcado desconhecido (The Hanging Stranger). Leia nossa resenha.


VINGADOR DO FUTURO
contos: Vingador do Futuro (ou Podemos recordar para você por um preço razoável - We Can Remember It for You Wholesale); A mente alienígena (The alien mind); Revanche (Return Match); Não julgue pela capa (Not by its cover); A formiga elétrica (The Electric Ant); A pequena caixa preta (The little Black Box). Leia nossa resenha.

MINORITY REPORT - A NOVA LEI
contos: Minority Report (Relatório de minorias); Em Jogos de Guerra, (War Game); O que dizem os mortos, (Wath the Dead Men Say); Ah, ser um Bolho! (Oh, to be a Blobel!); Podemos recordar para você por um preço razoável (We Can Remember It for You Wholesale); A fé de nossos pais (Faith of Our Fathers); A história que acaba com todas as histórias (The Story to End All Stories); A formiga elétrica (The Electric Ant); A segunda variedade (The second variety); O impostor (Impostor). Leia nossa resenha.

REALIDADES ADAPTADAS
contos: Lembramos para você a preço de atacado, Segunda variedade, Impostor, O relatório minoritário, O pagamento, O homem dourado e Equipe de ajuste. (Ainda sem resenha nesse blog)


 
A MÁQUINA PRESERVADORA I e II (parte1 - parte2)
contos: A Máquina Preservadora; O Jogo de Guerra; E Se Benny Cemoli Não Existisse?; Roog; Veterano de Guerra; O Melhor Lugar de Reserva; E Lá ao Fundo Vivem os Wubs; Recordações Por Atacado; Mercado Cativo; Esta Triste Terra; O Síndroma da Fuga; Os Rastejadores; Oh, É Tão Bom Ser Um Blobel!; O Que os Mortos Têm para nos Dizer; Paguem ao Impressor.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Livros que mais gostei em 2016

Olá.
Não costumo postar muito em forma de conversa mas isso é algo que quero mudar para o ano que vem. Acho que fui muito frio nas minhas postagens desde o início do blogue. Pensando nisso acredito que estava tentando não impor minha opinião sobre os livros privilegiando a análise. Pretendo manter os textos curtos mas de alguma forma mais "simpáticos" no intuito de aumentar um pouquinho a aproximação com os visitantes do blogue pois o volume de comentários e da quantidade de visualizações, estão excelentes. Apesar do blogue ser despretensioso é voltado para um nicho e nichos são sempre exigentes. Desta forma, considerem-se abraçados. 

O motivo principal desta postagem é compartilhar uma lista com as leituras que mais gostei este ano e, ao contrário das resenhas, serei muito subjetivo. Foi muito difícil escolher e acho que se a lista fosse feita em outro dia teria um resultado diferente. 

Este ano fiz 45 resenhas, entre livros e contos, com os quais fiquei bem satisfeito em conseguir uma boa abrangência nas leituras variando bastante dentro da Ficção Científica. Quando sai da FC, para resenhar clássicos da literatura brasileira, foi por um bom motivo, impulsionado por uma das minhas obras preferidas esse ano. Também sai do escopo da ficção para buscar boas leituras de não-ficção mas que tivesse alguma relação com a Ficção Científica. Acho que fiz boas escolhas de leitura esse ano. Li clássicos e novidades, brasileiros e estrangeiros, livros de autoras e autores. Também compartilhei alguns contos próprios e pretendo melhorar como escritor. A lista não tem livros de não-ficção, não li tantos para valer uma lista.

Então, ai vai uma lista, em ordem aleatória dos 10 livros de ficção que mais gostei de ler em 2016. Seriam 5 e mesmo dobrando acabei deixando ótimos livros de fora. Cliquem no título do livro e você serão levados a respectiva resenha. Vamos a eles:
Um exercício de alteridade imersivo e profundo. Este livro foi como realizar uma viajem a um planeta desconhecido e, como toda boa viagem, nunca mais retornamos os mesmos. Já tinha lido, "Os despossuídos", outra viagem excepcional, e, por este ser o mais conhecido, me deixou com altas expectativas e foram totalmente atingidas. Um livro para levar onde for.
Última resenha deste ano. Tem clima e historias pesadas mas ao mesmo tempo cativantes. Ébrios apaixonados capazes de qualquer coisa, a decadência e miséria misturadas ao desejo e o amor. Amor romântico e amor tesão, sem distinção alguma. Baita livro!
Ficção Científica com Policial, que promove uma reflexão apurada e necessária do nosso cotidiano. Esse "estranhamento" da New Weird, deveria ser comum na Ficção Científica, nos fazer viajar para lugares estranhos e fazer pensar sobre a nossa vida normal. Esse livro me fez refletir muito e nunca mais consegui caminhar casual mente pelas ruas da minha (e de qualquer) cidade. Já estou, conhecendo outra cidade de Miveville, a Nova Crobuzon, em Estação Perdido.
Esta história alternativa imagina um rumo muito absurdo para o Brasil, onde a escravidão nunca acabou, mas pensemos uma segunda vez: Quem somos nós para chamar o Brasil imaginado pela autora de absurdo? Cheguei a criticar levemente o livro pela falta de interação entre personagens negros, mas isso faz mais sentido no Brasil de pesadelo da autora, sem heróis, sem final feliz, do que no nosso Brasil que de sonho não tem nada. [É fim de ano pessoal, fico pra baixo mesmo, mas continuem lendo que eu melhoro]
Após ler Farenheit 451, não devia me surpreender mais com a qualidade da escrita de Bradbury, mas em "Crônicas Marcianas", mais do que qualquer sensação de viajar pelo espaço, foi uma viagem na humanidade, afinal, não é quando somos estrangeiros que pensamos mais no local de onde viemos? Fico imaginando as pessoas que acham a Ficção Científica vazia de profundidade, lendo esse livro, e mordendo a língua.
Como pode um livro ser de leitura tão fluida e trazer tantas reflexões apuradas numa mesma pegada. Encontrei este livro num sebo e não pensei duas vezes. Li muito rápido e me vi obrigado a desacelerar para aproveitar melhor. Como disse na resenha, a FC foi montada em cada página, na minha frente. É como ver a linha de montagem desse nicho que tanto amamos. Fiquei empolgado novamente em saber que existem sequências, não-lançadas ainda, para o livro. Já estão automaticamente na minha lista de desejos. Já disse que gosto muito de romance epistolar? Vou acabar falando isso de novo aqui.
Já faz anos que queria ler este livro pelo plot maravilhoso. Restava ver como seria abordado. A ironia afiadíssima do PKD me deixou muito satisfeito. A New Weird, do China Mieville, deve ter bebido nesse estilo pela convivência relativamente normal entre raças tão diferentes. A loucura e a normalidade dos personagens me fizeram viajar longe.
Tomei conhecimento do autor por meio dos desafios literários do Entre Contos, dos quais participo. O livro me surpreendeu pois foi uma experiência muito melhor do que contos soltos do autor, que já são ótimos. A proposta de quebra da quarta parede me conquistou logo de cara. O livro é cheio de armadilhas nas quais cai com gosto. Terminei a leitura querendo ser que nem o Rubem quando crescer.
A Ficção Científica mais brasileira que tive a oportunidade de ler. Não pela putaria e palavrões que respingam na cara do leitor, (também isso, né?!) mas pela viagem cantada e crua desse cyberpunk brasileiro que, até onde sei, é o primeiro e até agora o melhor cyberpunk nacional que já li. Por isso, indiquei como primeiro na lista dos livros mais importantes da FC brasileira.
As características desse livro fecharam perfeitamente comigo. É um romance epistolar, uma baita estória, muito bem escrito e ambientando em Porto Alegre, cidade que amo odiar. Acima de tudo por salvar dos confins empoeirados dos sebos personagens e estórias da Literatura Brasileira, ignorados mal-tratados (para não dizer, mal lidos), pela grande maioria de leitores brasileiros. É aquele tipo de livro que já deveria existir a muito tempo. Quem ainda não notou, eu estou resenhando aqui os clássicos da literatura que foram reinventados neste livro. Já disse que é uma baita estória e muito bem escrito?

E você, caro leitor, já leu algum dessa lista?
Consegue listar os 10 que mais gostou, lidos em 2016?
ou acha isso tudo uma tremenda bobagem e eu deveria capinar uma roça?
Comentem!
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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Download Cyberpunk: Livros + Mangás

Vamos ao que interessa! Baixar uns livros e mangás cyberpunks. 
Só clicar no título (não na imagem).

MANGÁS
AKIRA                               GHOST IN THE SHELL
 

LIVROS

NEUROMANCER de William Gibson. Obra mais conhecida do cyberpunk e primeiro livro da trilogia do Sprawl. 

COUNT ZERO de William Gibson. Sequência de Neuromancer.

MONALISA OVERDRIVE de William Gibson. 
Terceiro livro da Trilogia do Sprawl.

IDORU de William Gibson. Estória se passa no japão onde se misturam máfia, otakus e um astro rock que namora uma IA.

PIRATAS DE DADOS de Bruce Sterling.

ANDROIDES SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS? de Philip K. Dick. Livro que deu origem ao filme Blade Runner, que popularizou a estética cyberpunk no cinema.

UBIK de Philip K. Dick. O autor é considerado um antecipador do movimento literário cyberpunk.

SNOW CRASH de Neal Stephenson.


BRASYL de Ian McDonald. Livro tem um dos cenários, um Rio de Janeiro cyberpunk.

REALIDADES ADAPTADAS de Philip K. Dick: Livro de contos do autor que foram adaptados para o cinema.

MIRRORSHADES de Bruce Sterling (em espanhol). Uma das obras fundamentais para entender o cyberpunk, reunindo os escritores que deram início ao movimento literário. 

O CONTÍNUO DE GERNSBACK  de William Gibson. O primeiro trabalho profissional do autor como escritor.

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