Vinte e Um é uma coletânea de contos de Nelson de Oliveira que junta duas épocas de sua escrita viajando no fantástico e insólito. O livro é um upgrade de Treze lançado em 1999, acrescido de mais oito contos. Predomina aqui o estilo característico de não desperdiçar as palavras em contos curtos que rapidamente te levam a viagens insólitas, ora se valendo da ficção científica, ora do mundo fantástico ou, inclusive, encontrando o fantástico sem evocar nada do sobrenatural.
A primeira parte do livro, os contos originais de 1999, Treze, conta com várias contos curtos que tem sempre algo inusitado. Algum ponto de vista que faça toda a diferença para entender a história ou um personagem fanho. Contos curtos demais para sintetizar sem entregar a graça deles. Contudo, o primeiro é mais longo. "Dies Irae", narra o dia enlouquecido de uma pedinte que se divide entre o amor selvagem e abusivo dos outros pedintes e uma dívida que todos tem com Gideão, um agiota que controla a entrada em um prédio como se guardasse os portões do céu/inferno, onde existem delícias misteriosas para quem pode pagar e horrores inimagináveis e gratuitos.
Destaco também, "Gorducha" que pinta uma vida em um quadro tragicômico de um distanciamento insuportavelmente suportável; "Não sei bem o que, aqui" é uma cacofonia de sujeitos que são momentos dentro de uma mesma pessoa, funciona como um Divertidamente para adultos; e "Homenagem a Tróia" parece a visão de Cassandra, a vidente amaldiçoada por Apolo, do alto de sua torre obrigada a saber de toda a tragédia que viria sem ninguém que acreditasse nela.
A segunda parte do livro, "Sete" traz os contos inéditos que apesar de seguirem a mesma pegada de contos curtos, são mais criativos. Destaco "Gritos Ocultos" que pinta um drama familiar com os nossos silêncios, alternando falas corriqueiras e pensamentos reveladores e "Pintando o Sete" é um divertido caso de amor com um final muito inspirado. Por fim a última parte do livro Um, com um conto narrando capas de disco de vinil clássicas encarnando na pele de pessoas aleatórias. O estilo de Nelson é uma aula de como escrever contos, tanto na forma quanto nas ideias que nos capturam para a leitura conto a conto.
Destaco também, "Gorducha" que pinta uma vida em um quadro tragicômico de um distanciamento insuportavelmente suportável; "Não sei bem o que, aqui" é uma cacofonia de sujeitos que são momentos dentro de uma mesma pessoa, funciona como um Divertidamente para adultos; e "Homenagem a Tróia" parece a visão de Cassandra, a vidente amaldiçoada por Apolo, do alto de sua torre obrigada a saber de toda a tragédia que viria sem ninguém que acreditasse nela.
A segunda parte do livro, "Sete" traz os contos inéditos que apesar de seguirem a mesma pegada de contos curtos, são mais criativos. Destaco "Gritos Ocultos" que pinta um drama familiar com os nossos silêncios, alternando falas corriqueiras e pensamentos reveladores e "Pintando o Sete" é um divertido caso de amor com um final muito inspirado. Por fim a última parte do livro Um, com um conto narrando capas de disco de vinil clássicas encarnando na pele de pessoas aleatórias. O estilo de Nelson é uma aula de como escrever contos, tanto na forma quanto nas ideias que nos capturam para a leitura conto a conto.
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