"O Planeta dos Macacos" (Pierre Boulle) é um dos clássicos da Ficção Científica, escritos por um autor que não se consagrou pelo gênero e sequer se considerava escritor de Ficção Científica. Boulle, ganhou fama com seu "A Ponte do Rio Kwai", que assim como "O Planeta dos Macacos" ganharam adaptações cinematográficas que expandiram o sucesso de suas obras, ainda paradoxalmente o autor não tenha um nome conhecido, encoberto pelas adaptações no cinema de seus sucessos.
A história é simples e bastante conhecida: Ulysse Merou é membro de uma pequena tripulação que busca explorar o espaço por vida inteligente junto do Professor Antelle e Arthur Levain que parte rumo a estrela gigante vermelha de Betelgeuse. Chegando lá após um breve encontro com seres humanos bestializados e selvagens descobre que o planeta é tomado por macacos inteligentes e desenvolvidos, e Ulysse, desgarrado do resto da tripulação, tenta provar sua racionalidade.
É um esforço inútil tentar esconder algum spoiler como sempre tento fazer nas minhas resenhas, quando se fala de um dos finais mais conhecidos da história do cinema, mas cabe avisar que o final do livro é diferente e não menos impactante que o filme. E isso pode atrapalhar a leitura pois boa parte da genialidade da obra é seu final mas está longe de ser o único atrativo do livro. Primeiramente, além de ser curta, a escrita direta de Boulle é ótima para ler na praia, sem precisar um dicionário ao lado e tudo isso sem perder a capacidade de nos fazer refletir. Segundo, a ironia com o autor que conduz a história vai além da própria situação inicial e é aprofundada em várias situações ao longo do livro. Terceirto, a escrita ágil garante uma tensão que faz com que, mesmo conhecendo o final do cinema, queiramos saber o que (e como) vai acontecer no final e, por fim, a edição da Aleph traz materiais extras muito bons para ler após o fim da história: são dois artigos falando sobre o autor e uma entrevista transcrita do rádio. Sendo assim, o livro vale a leitura e não se deixe desanimar por já saber o final do cinema pois a leitura vale a pena.
A história é simples e bastante conhecida: Ulysse Merou é membro de uma pequena tripulação que busca explorar o espaço por vida inteligente junto do Professor Antelle e Arthur Levain que parte rumo a estrela gigante vermelha de Betelgeuse. Chegando lá após um breve encontro com seres humanos bestializados e selvagens descobre que o planeta é tomado por macacos inteligentes e desenvolvidos, e Ulysse, desgarrado do resto da tripulação, tenta provar sua racionalidade.
É um esforço inútil tentar esconder algum spoiler como sempre tento fazer nas minhas resenhas, quando se fala de um dos finais mais conhecidos da história do cinema, mas cabe avisar que o final do livro é diferente e não menos impactante que o filme. E isso pode atrapalhar a leitura pois boa parte da genialidade da obra é seu final mas está longe de ser o único atrativo do livro. Primeiramente, além de ser curta, a escrita direta de Boulle é ótima para ler na praia, sem precisar um dicionário ao lado e tudo isso sem perder a capacidade de nos fazer refletir. Segundo, a ironia com o autor que conduz a história vai além da própria situação inicial e é aprofundada em várias situações ao longo do livro. Terceirto, a escrita ágil garante uma tensão que faz com que, mesmo conhecendo o final do cinema, queiramos saber o que (e como) vai acontecer no final e, por fim, a edição da Aleph traz materiais extras muito bons para ler após o fim da história: são dois artigos falando sobre o autor e uma entrevista transcrita do rádio. Sendo assim, o livro vale a leitura e não se deixe desanimar por já saber o final do cinema pois a leitura vale a pena.
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