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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Resenha #305 Zine Book (Denilson Reis)

Olá pessoal! Essa semana quero falar sobre o Zine Book do Denilson Reis. E o que seria um zinebook? Basicamente é um compêndio de várias publicações de um fanzineiro, editor de revistas independentes, feitas por quem é fã dequadrinhos. E Denílson Reis é com certeza um dos mais conceituados e experientes fanzineiros do Brasil. Sua publicação principal Tchê! já tem mais de 30 anos, além da Conanzine e de publicações em conjunto com outros fãs das HQs. Essa coleção traz um compilado das aparições de seus personagens ora escritos por ele, ora escritos por outros artistas, em um formato grande e em papel grosso, que é bastante incomum para material independente, mas aqui é uma edição especial de luxo.

Nem cabe listar todas as histórias, pois muitas já apareceram nos zines do editor que já resenhei aqui no blogue. A fanzine Quadrante Sul e a revista do Peryc mas posso comentar que a arte da primeira página arte é uma das que mais gostei do Peryc, pois é a história onde ele aparece mais violento e brutal, na Peryc volume 3. O grande atrativo do livro é a qualidade do material impresso, em tamanho 21x28 e uma gramatura mais pesada. A leitura e principalmente a releitura das histórias vale muito a pena pelo tamanho maior que permite ver as imagens e os traços com mais detalhes. Espero que um dia saia o volume dois, pois conteúdo tem!

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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Resenha - Revista Peryc, o Mercenário n°3


A terceira edição de Peryc, mostra como a revista evoluiu. É bacana ler as continuações de novas histórias e ver o personagem desbravar várias regiões do mundo. Na primeira história, "O Aventureiro" a saga de Peryc na áfrica continua com a aliança do mercenário com a princesa que luta para assumir o trono de um usurpador. Em seguida mais um texto que continua o levantamento de todas as publicações de Conan no Brasil. "A Besta" é uma história de uma única página envolta de duas páginas de ilustrações que mostram várias versões de Peryc. "Sob o sol dos Abutres" é a história que mais gostei do personagem. A começar pelo traço de Sandro Andrade, e pelo texto que carrega uma violência que combina com a ação que ele desenvolve na história. A história é apenas o encontro de Peryc com três soldados violentos que depejam ódio racial pela origem indígena de Peryc que não deixa por menos quando os derrota. Segue mais um texto sobre Conan, agora falando sobre sua presença em ouras mídias. "O Preço da liberdade" é a terceira parte da saga iniciada em Rumo a Pedras Negras, onde Peryc foi pego em uma armadilha pelos mercadores e agora tem que se livrar de seus captores. A história faz um debate bom sobre a liberdade. Encerrando o número, "Fogo e paixão" mostra Peryc e Splinter sobrevivendo ao frio dos pampas. A única coisa que posso acrescentar ao que já disse sobre a revista é que espero ansiosamente pelo próximo número!
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terça-feira, 7 de julho de 2020

Resenha - Revista Peryc, o Mercenário nº2


Segue a resenha da série de HQs independentes do mercenário Peryc, agora com o número 2 de janeiro/2015, sob o selo editorial Quadrante Sul Comics tendo como editores Denilson Reis e Alex Doeppre. Vamos resumir o que vem na revista e um pouco da opinião sobre esse número.

"O Delator" é a sequência de "Serpente de areia" e "Taverna" do número anterior. Peryc se vê em meio a uma disputa palaciana pelo trono num reino africano após salvar a princesa Ambara na taverna. Temos um texto sobre o bárbaro tecnológico Valian, por Alex Doeppre. Em "Nossas escolhas", Peryc retorna a Pedras Negras após um tempo e se depara com bandidos numa sequência de combate muito bem escrita. "O mundo hiboriano" continua a história os textos sobre todas as publicações do Conan. "Caçadores de Escravos" é a parte dois da aventura de Peryc iniciada em "Rumo as Pedras Negras", onde Peryc tem de lutar pela sua liberdade. O conceito é bem tratado nessa história. Na última página Peryc enfrenta "Frio e Fome" nos pampas ao lado de Splinder no traço mais bonito da edição.

A edição está muito boa pois tem continuações de várias histórias da edição anterior. Como na edição anterior artes de página inteira de vários artistas que celebram o personagem.  
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terça-feira, 2 de junho de 2020

Resenha - Revista Peryc, O Mercenário nº1

"Peryc, O Mercenário" é uma criação do quadrinista e fanzineiro veterano Denílson Reis que trouxe seu mais importante personagem para uma edição em formato revista publicada pelo mesmo grupo da revista Quadrante Sul, que tem sido resenhado no blogue. Nesta postagem vamos falar sobre o primeiro número de Junho/2012 e, nas próximas semanas, os dois números seguintes já publicados até hoje.

Peryc é nascido nos pampas da América do Sul dois milênios após um holocausto nuclear que de regrediu a humanidade tecnológica e politicamente a uma nova idade média. Nesse mundo selvagem e perigoso, Peryc é um mercenário que viaja o mundo da forma mais livre possível, trabalhando como mercenário. É inspirado claramente no Conan e não tenta esconder isso, mas tem também sua personalidade e sua origem indígena o deixa mais interessante.

"Serpente de areia" é a primeira história, onde Peryc é surpreendido pelo ser monstruoso, enquanto vaga pelo deserto africano, mas não sabe se é real ou uma ilusão. "Taverna" é uma sequência direta onde no mesmo deserto, Peryc encontra uma taverna escondida onde protege uma princesa misteriosa. A edição segue com três textos que resumem as principais sagas de Conan nos quadrinhos e nos filmes, escritos pelo criador do Peryc. Por fim, "Rumo a Pedras Negras - parte 1" mostra o encontro de uma concubina exilada por um severo rei e Peryc quando são emboscados por saqueadores que os queriam capturar e vender como escravos. A história tem uma continuação nos números seguintes, assim como a história na Taverna. A edição ainda conta com ilustrações de página inteira que enriquecem ainda mais as várias versões do personagem que tem traços de vários desenhistas. A que mais me agradou foi a página inteira de Mathias Streb, porém no geral o traço é bonito e conseguem estabelecer uma ideia geral do personagem. No mais, terminei a leitura querendo ir para o próximo número.

   



Blogue do personagem http://perychq.blogspot.com/

Blogue Quadrante Sul http://quadrantesul.blogspot.com/
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terça-feira, 7 de abril de 2020

Resenha - Revista Quadrante Sul 10

Chegamos a resenha da, até então, última edição da Quadrante Sul. Edição que celebra o personagem Lucas Blood, o Predador. Um vigilante urbano que perambula pelas ruas sujas apenas com sua moralidade e violência para fazer justiça com as próprias mãos. Temos duas histórias do personagem que ironicamente não estampa a capa, podemos vê-lo apenas no canto superior esquerdo. O personagem foi criado em 1988 pelo gaúcho Carlos Fernando Ferreira. São 30 anos dá edição número 1 e 30 anos do personagem. Mas vamos as histórias.

A primeira se chama "Primeiras Vezes" e mostra planos urbanos interessantes e bem desenhados para depois mostrar um estuprador atacando uma mulher até que o predador intervêm. Na segunda história "Chaver" (amigo, em hebraico) o Predador recebe ajuda de um rabino das redondezas e faz amizade com ele. A história foca nas conversas e não tem ação, ao contrário da primeira história. Depois a edição traz uma entrevista com o fanzineiro Sérgio Toshihiro e conclui com uma matéria sobre a Fanzine Metrópolis. A edição é boa, apesar de preferir as que tem várias histórias curtas mas ainda assim é uma boa adição a coleção.


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terça-feira, 3 de março de 2020

Resenha - Revista Quadrante Sul 9

Estamos de volta para a série de resenhas da Quadrante Sul, desta vez com a edição 9 de 2018. Este número está bem melhor que o anterior, que eu achei o mais fraco até então. A primeira história é da vigilante Lady D em "A lista de Kadosh" que traz um mistério interessante de um ex maçom que caça impiedosamente seus antigos companheiros de seita após ser traído, como em toda boa história curta deixa pontas soltas e desperta curiosidade em saber mais sobre. Depois, vem "Ponto de Vista" que se destaca pelas artes incríveis de Eugênia Leitzke (o que mais gostei nessa edição) que traça um paralelo entre a natureza e a violência urbana. "Androide" é um curtíssima história de duas páginas tiradas da Fanzine Tchê nº 12, que é uma ficção científica muito boa. 

Em "...o fim do mundo!" a história é protagonizada pelo mutante Enigma em um mundo pós-apocalíptico com uma pegada cyberpunk no que tange a desagregação social, pois Enigma vive escondendo sua condição de mutante em um mundo onde não se pode confiar em ninguém o que foi bem aproveitado na história que tem um final bom. "Os sete sábios cegos" é uma adaptação de uma antiga fábula indiana que ficou bem adaptada. A última história da edição é "A olho nu" que mostra um cego que volta a enxergar após ser operado e se aterroriza ao ver o mundo. O tom niilista é forte mas um pouco ingênuo e adolescente demais e acredito que poderia passar a mesma mensagem em menos quadros ou aprofundar o conteúdo no mesmo espaço. A edição encerra com uma homenagem a Diego Müller, que era membro ativo da comunidade de Fanzines falecido em 2017.

A edição 9 é muito rica em boas histórias e bem caprichada nas artes. A arte de capa e a contra capa tem estilos artísticos que fogem das HQs comuns e enchem os olhos. Recomendo. 

Ficha técnica:
"A Lista de Kadosh": Roteiro de Marcelo Tomazi, Arte de Jader Corrêa e Letras de Alex Doeppre.
"Pontos de Vista": Roteiro e texto de Gervásio Santana, Arte de Eugênia Leitzke e Letras de Alex Doeppre.
"Andróide": Texto e arte de Jack Jadson.
"...o fim do mundo!": Argumento de Diego Müller, Adaptação e Roteiro de Gervásio Santana, Arte de Carlos Lima, Sullivan Suad e Zilson Costa e Letras de Alex Doeppre. 
"Os sete sábios cegos": Texto de Jerônimo Souza, Arte de Iwfran Costa e Letras de Alex Doeppre.
"A olho nu": Texto de Jean Magalhães, Arte de Andf e Letras de Alex Doeppre.
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Resenha - Revista Quadrante Sul 8

Depois de dois anos, voltamos a falar da Revista Quadrante Sul que resenhamos em outubro de 2016 depois que adquiri os números 4 até 7 após um evento de quadrinhos independentes na cidade de Alvorada (Região Metropolitana de Porto Alegre), o Gibifest. Agora retornamos com mais 3 números da revista e mais 3 números da série de "Peryc, o Mercenário" publicado pelo mesmo selo independente. Você pode acompanhar todas as resenhas dessa série aqui sendo que no primeiro deles explico melhor sobre o que se trata tudo isso. Nessa postagem vamos falar do número 8, com aquela fórmula de sempre: primeiro falo sobre cada história e depois faço um geral da edição.

A capa tem uma arte cyberpunk muito bacana do Matias Streb, parecida com os seres que existem na primeira história. A edição abre com "Silyx: A semente da vida" uma bela Ficção Científica que mostra Garzok, um grifo que tem a missão de levar o frágil Silyx para seu inexorável destino. O traço me agradou bastante e a história trouxe muita coisa em poucas páginas. Em "Enigma: Acerto de Contas" por outro lado prezou mais pela ação com um tipico brucutu que resolve tudo na força, investigando a serviço privado, passando por brigas e gostosas aleatórias. No geral a história parece se levar a sério demais, pois se fosse uma sátira ou tivesse uma inversão se tornaria mais interessante. Na sequência, depois de uma entrevista com o quadrinista Paulo Serpa Antunes, temos "Mandato de uma nova lei", com 2 páginas, que mostra guardas robóticos queimando gibis antigos de um sebo sob alegação de que o próprio sebista disse que não precisa deles pra pagar as contas mas que este não precisa se preocupar pois gibis novos ocupariam o lugar vago nas prateleiras. Uma mensagem de preservar as obras antigas para venda/troca pois elas são importantes também. Antes da história seguinte, ainda temos outra entrevista, desta vez com Gustavo Piqueira sobre seu fanzine Metrópolis.

"Boxing Joe 2" é uma nova história do personagem de Jeronimo Souza que já apareceu na edição 5 onde mostra personagem sendo narrado como se fosse um trailer de um filme. Pois é uma colagem de momentos, contudo parece ser outra história de origem, pois na história anterior Joe é um menino da Nova Zelândia que nasce sem braços e pernas sendo depois abandonado pela mãe, enquanto aqui é o neto de Gorbachov que é um anão que devido a uma doença procura por próteses superavançadas. Por fim temos um quadrinho de duas páginas na linha existencial falando sobre o consumismo desenfreado e uma arte ótima de contra capa de Mestre Shima, num clima noir violento. No geral, a história que mais me agradou foi a primeira e a última, quanto as demais foram medianas. As imagens de capa e contra capa foram as que mais me agradaram até aqui.

Ficha Técnica:
"Silyx: A semente da vida": Adão de Lima Júnior.
"Enigma: Acerto de contas": História de Marcelo Tomazi, Arte de João Paulo Vieira e Letras de Alex Doeppre.
"Mandato de uma nova lei": Léo Ramos.
"Boxing Joe 2": História de Jerônimo Souza, Arte: Jonathan Pires e Letras de Alex Doeppre.
"Placebo": Anderson Ferreira.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Resenha - Revista Quadrante Sul número 7

Esta é a última resenha desta série do Quadrante Sul que, até o momento que vos blogo, chegou a sua sétima edição. Já terminei a leitura querendo saber de mais, mas vendo o distanciamento temporal entre as publicações é bom ter paciência.

REVISTA QUADRANTE SUL Nº7
Neste número, os editores buscaram dar um novo passo na publicação, pois ao invés de várias estórias curtas, agora temos uma estória apenas, que ocupa todas as 34 páginas da edição. "Um plano maquiavélico" é também um crossover entre dois personagens: A super heroína paraibana "Velta" (solta raios de calor pelas mãos), de Emir Ribeiro e o gaúcho "Aproveitador" de Gervásio Santana. 
A estória começa com o Inspetor mineiro Gilberto Gomes, antigo parceiro de "Velta", que encontra seus informantes assassinados uma a um, sempre acompanhados de um bilhete ameaçador assinado por Neco G. Então, um sequestro leva os dois heróis ao Rio Grande do Sul onde são ajudados (não sem um incentivo financeiro, é claro) pelo mercenário "Aproveitador".
A estória é uma aventura, acima de tudo, muito divertida e os traços de Zambi ajudam no clima da aventura, trazendo bastante expressão aos personagens. Tá mais do que recomendada a leitura.

Adiciona lá no Skoob e dá uma passada no BLog do Quadrante Sul para se informar sobre o já aguardado número 8.
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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Resenha - Revista Quadrante Sul número 6

REVISTA QUADRANTE SUL Nº 6
Voltando a resenhar a Revista Quadrante Sul, vamos ao número 6. O destaque está logo na capa com uma arte espetacular, que remete a primeira estória, "Viva a Involução", que ocupa a maior parte da edição. Trata-se de uma ficção científica com inspiração cyberpunk, que estamparam a edição 4 da revista mas não tinham uma estória. É o primeiro capítulo de um mundo em construção, uma Porto Alegre futurista de 2088, assolada por uma droga terrível que transforma usuários em monstros. A estória deixa muitas pontas soltas e uma vontade danada de saber o que vai acontecer. Resta aguardar o número 8 para saber. O destaque é para a qualidade da arte, a personagem que toma conta da estória é muito expressiva e misteriosa.
A segunda estória, temos "Bruce, O Exterminador" em "Minha menina" que manda o recado em duas páginas. O traço forte o texto cru, seco e direto me agradam bastante. 
Em "Infinitus!" temos um punhado de guris que se formam uma banda de rock para gritar contra a letargia do mundo, com traços de mangá e textos distribuídos de forma criativa nas páginas contam a estória e contextualizam o mundo criado.
"Redenção" temos a volta do "Caçador", que apareceu sem máscara no nº 4, agora no seu jogo preferido, caçando um vilão de nome Gandu. O combate está muito bem feito e os personagens são ótimos.
Na última página, como na edição anterior, uma unica página e sete quadros numa estória rápida com um personagem de Jack Jackson, conhecido dos zines, "Amazon" um índio protetor da amazônia. A estória se chama "Caça" e o traço muito bonito chama a atenção.

Senti falta do "Aproveitador", mas como resenho já sabendo da próxima edição, sei que a espera vale a pena.

Adiciona esta edição lá no Skoob e entra na página do Quadrante Sul para saber mais.
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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Resenha - Revista Quadrante Sul número 5

Vamos dar sequência a série de resenhas das revistas Quadrante Sul, que reúnem fanzineiros apaixonados por quadrinhos. Depois de falar da nº4, vamos para a nº5 que adquiri no último Gibifesf, em Setembro último, num pacote com 4 edições.

REVISTA QUADRANTE SUL Nº5
Este número conta com alguns retornos e novos personagens. Imagino o trabalho aos editores colocar ao menos um pouco da contribuição de cada zineiro. A edição está menor em número de páginas, porém os quadros estão menos comprimidos. Isso melhora a visualização de cada quadro o que faz bastante diferença, principalmente na primeira estória, "O ritual" que é bastante visual, com poucos diálogos. Nela o personagem "Predador" encontra um indígena numa terra árida prestes a cumprir um ritual. Os momentos mais importantes não possuem diálogos. Uma ótima abertura para  a revista.
"Bruce, o Exterminador" retorna em mais uma página, pois suas estórias são curtas mesmo, e mais um contrato. O cenário em um dia claro não o deixa a estória mais leve. A boina, no estilo Chê Guevara é sensacional.
"Memórias de Boxing Joe", ao contrário das outras, é uma estória de origem, de um... não se dizer se é herói ou vilão, mas é muito criativo, com certeza. Um menino nascido sem braços e pernas, cresce sendo zoado mas também admirado pelo trabalho em próteses, enquanto isso o mundo toma um caminho muito diferente do nosso.
O personagem "Eliminador" retorna em "A Nova Ordem". Uma estória mais encorpada, violenta e com um cenário passado um Rio Grande do Sul distópico. A revista já terminaria bem com esta estória mas a última página vem com a cereja do bolo. "Estranhos Prazeres", de Jader Correa, faz  em apenas 7 quadros em uma Ficção Científica, critica, densa e muito bem desenhada.
A revista ganhou o Prêmio Angelo Agostini de 2012!

Adiciona essa edição lá no Skoob e entra no Blog do Quadrante Sul para se inteirar das novidades.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Resenha - Revista Quadrante Sul número 4 - Vinte anos depois

A revista Quadrante Sul lançou seus três primeiros números entre os anos 1988-89 trazendo a proposta de uma revista em quadrinhos totalmente independente e com produção colaborativa. Em 2009, retomaram com o projeto e lançaram a edição número 4, seguindo a numeração original, contudo sendo a primeira desta nova fase. 
A publicação continua totalmente independente, contando estórias com personagens originais privilegiando o Brasil como cenário. Este ano, em julho, para ser preciso, eles lançaram a edição número 7. Adquiri um exemplar de cada (números 4,5,6 e 7) e farei uma série de resenhas, sendo esta a primeira, da nova fase da publicação. Apesar de não ser um leitor voraz de quadrinhos (li alguns do Demolidor e do Lanterna Verde) acredito que posso passar algumas impressões e despertar a curiosidade do leitor. 

REVISTA QUADRANTE SUL Nº4
A leitura rápida e as estórias são muito divertidas, ainda que curtas, é o suficiente para sentir um gostinho dos personagens e querer saber mais sobre eles. Não são estórias de origem dos personagens. Eles já chegam na ação, afinal já vem de fanzines do meio independente. São, também, quase todos, anti-heróis em cenários noturnos, muitas vezes distopias futuristas e outras distopias do presente.
A primeira estória é "Estranhos Invasores", divididas em cinco partes, cada uma desenhada por mãos diferentes, com os personagens "Caçador", um agente da PF do Brasil que está missão num voo para o Líbano e se vê numa rede de conspiração que tenta matá-lo ao mesmo tempo que "Alfa" cruza seu caminho, um Alien agressivo e violento que hospeda no corpo de Cristiano. A estória deixa margem para uma continuação.
No conto de tiro curto "Bar", o personagem "Bruce, o Exterminador" descarrega sua fúria em um bar esfumaçado. Destaque para os diálogos verossímeis, o traço cru de Shima e a boina de Bruce. Foi o que mais gostei.
"Aceita uma bebida?", é a estória que vem depois e acompanha um outro mergulho num bar escroto (que todos amam falar mal) com o "Eliminador" que está bebendo sozinho até a chegada de um velho conhecido. Prevalece a tensão entre os dois.
"Martin-pescador", traz uma trama que se passa em São Leopoldo onde o mercenário "Aproveitador" acaba atrapalhando os interesses de um empresário mafioso. A estória condensa muito acontecimentos, mas o personagem bastante carismático.

Vale a pena, não apenas para apoiar o trabalho independente mas também por trazer um frescor a tantas leituras estrangeiras que nos pegamos fazendo (vai dizer que não?!). Se ainda não está convencido, o preço de capa (R$ 4,90) por 38 páginas, vale muito a pena. Vamos ver o que o próximo número nos reserva...

Mais informações, vá direto na fonte: http://quadrantesul.blogspot.com.br/
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