A revista Quadrante Sul lançou seus três primeiros números entre os anos 1988-89 trazendo a proposta de uma revista em quadrinhos totalmente independente e com produção colaborativa. Em 2009, retomaram com o projeto e lançaram a edição número 4, seguindo a numeração original, contudo sendo a primeira desta nova fase.
A publicação continua totalmente independente, contando estórias com personagens originais privilegiando o Brasil como cenário. Este ano, em julho, para ser preciso, eles lançaram a edição número 7. Adquiri um exemplar de cada (números 4,5,6 e 7) e farei uma série de resenhas, sendo esta a primeira, da nova fase da publicação. Apesar de não ser um leitor voraz de quadrinhos (li alguns do Demolidor e do Lanterna Verde) acredito que posso passar algumas impressões e despertar a curiosidade do leitor.
REVISTA QUADRANTE SUL Nº4
A leitura rápida e as estórias são muito divertidas, ainda que curtas, é o suficiente para sentir um gostinho dos personagens e querer saber mais sobre eles. Não são estórias de origem dos personagens. Eles já chegam na ação, afinal já vem de fanzines do meio independente. São, também, quase todos, anti-heróis em cenários noturnos, muitas vezes distopias futuristas e outras distopias do presente.
A leitura rápida e as estórias são muito divertidas, ainda que curtas, é o suficiente para sentir um gostinho dos personagens e querer saber mais sobre eles. Não são estórias de origem dos personagens. Eles já chegam na ação, afinal já vem de fanzines do meio independente. São, também, quase todos, anti-heróis em cenários noturnos, muitas vezes distopias futuristas e outras distopias do presente.
A primeira estória é "Estranhos Invasores", divididas em cinco partes, cada uma desenhada por mãos diferentes, com os personagens "Caçador", um agente da PF do Brasil que está missão num voo para o Líbano e se vê numa rede de conspiração que tenta matá-lo ao mesmo tempo que "Alfa" cruza seu caminho, um Alien agressivo e violento que hospeda no corpo de Cristiano. A estória deixa margem para uma continuação.
No conto de tiro curto "Bar", o personagem "Bruce, o Exterminador" descarrega sua fúria em um bar esfumaçado. Destaque para os diálogos verossímeis, o traço cru de Shima e a boina de Bruce. Foi o que mais gostei.
"Aceita uma bebida?", é a estória que vem depois e acompanha um outro mergulho num bar escroto (que todos amam falar mal) com o "Eliminador" que está bebendo sozinho até a chegada de um velho conhecido. Prevalece a tensão entre os dois.
"Martin-pescador", traz uma trama que se passa em São Leopoldo onde o mercenário "Aproveitador" acaba atrapalhando os interesses de um empresário mafioso. A estória condensa muito acontecimentos, mas o personagem bastante carismático.
Vale a pena, não apenas para apoiar o trabalho independente mas também por trazer um frescor a tantas leituras estrangeiras que nos pegamos fazendo (vai dizer que não?!). Se ainda não está convencido, o preço de capa (R$ 4,90) por 38 páginas, vale muito a pena. Vamos ver o que o próximo número nos reserva...
Mais informações, vá direto na fonte: http://quadrantesul.blogspot.com.br/
Valeu a divulgação!
ResponderExcluir