Hoje a resenha é da HQ brasileira Dies Irae de autora do Coletivo Tesla que produz quadrinhos independentes no RS e é formado por Frank Tartarus, Rafael Rodrigues, Adam Mariani, Thiago Danieli e Luciana Lain. Originalmente a série foi publicada no meio virtual em 2014 e em 2016 saiu a versão encadernada completa. A versão que adquiri foi em uma feirinha independente pelas mãos de Frank e do Adam.
Diferente dos livros que resenho, o visual da edição importa pois é através dele que absorvemos grande parte da história e aqui temos muito talento e capricho. A capa é em alto relevo e já percebemos tratar-se de uma história de conteúdo adulto. Para falar a verdade, conversando com os autores, anunciei que preferia uma história séria e sem final feliz e então Dies Irae foi colocada em minhas mãos.
A premissa é simples e ousada: Deuses de todas as culturas estão caindo mortos do céu e a história desenvolve a reação de pessoas comuns e de governos ao redor do mundo ao fenômeno. É instigante ver a tecnologia de um mundo tecnologicamente mais desenvolvido (parece se passar cerca de 20 anos no futuro) incapaz de explicar qualquer coisa e a abordagem filosófica fluir tanto nos traços e quanto nas caixas de texto. Um trabalho tão bom que deixa vontade de ler mais quando acaba. Muito recomendado.
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