"O Hobbit" é um dos livros mais conhecidos de J. R. R. Tolkien, depois do épico "O Senhor dos Anéis". É aquele tipo de obra que inspirou praticamente todos autores de fantasia e tem todos as características conhecidas que os outros autores buscaram copiar e/ou subverter. Trata-se de um livro de Fantasia sobre uma longa jornada narrada para um público infantil. É um ritmo que puxa para a oralidade, como um livro para ser lido para uma criança. Isso significa que o leitor adulto precisa estar consciente da linguagem que o livro emprega e sua forma. É bastante descritivo e o narrador sabe que está narrando uma estória, ao invés de simplesmente contá-la.
A estoria é a de Bilbo Bolseiro, um Hobbit, que é convidado pelo Mago Gandalf para acompanhar 13 anões a recuperar seu tesouro ancestral guardado pelo temível dragão Smaug. Grande parte do livro é dedicada ao longo caminho que os aventureiros tem de enfrentar encontrando Trolls, Elfos, Homens, Aranhas gigantes e, claro, muitos Orcs. Uma tipica jornada do herói, como sistematizada décadas depois por Joseph Campbell. O contexto da 1ª Guerra Mundial aparece no livro quando a batalha dos cinco exércitos é construída pelos desentendimentos e pela busca do tesouro entre quase todas os tipos de seres que aparecem no livro.
O livro foi um sucesso tão grande que foi solicitada uma continuação que acabou se tornando "O Senhor dos Anéis" obra máxima do autor e uma das mais conhecidas obra de Fantasia. O que pode desestimular o leitor é a pouca presença de diálogos e as longas descrições até a construção frágil dos personagens secundários. Contudo a construção de mundo é imersiva em virtude dos detalhes.
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