terça-feira, 27 de agosto de 2019

Resenha #102 - O Profanador - Philip K. Dick

"O Profanador" (The man who japed) de Philip K. Dick foi lançado em 1956. É uma obra do início da carreira do autor. Acompanhamos, na história, Allen Purcell o dono de uma agência de propaganda que trabalha para a Telemidia, o único órgão estatal de comunicações na ditadura da Reclamação Moral. Resultado de uma guerra devastadora iniciada em 1987. Esta ditadura religiosa e totalitária, é baseada numa reconstrução pós-guerra com uma vigilância no comportamento ao extremo.  

Purcell odeia esse mundo que o sufoca mas também almeja um cargo na Telemidia. Então recebe o convite para o cargo de Diretor Geral. Ao mesmo tempo Purcell tem certeza ser o responsável pelas profanações a estátua do Major Streiter, herói da Reclamação Moral. Contudo, Purcell não consegue se lembrar dos momentos em que expressou sua revolta como se estivesse adormecidos, ou então, cobertos pelo medo de ter sua vida nessa sociedade destruída.

O livro é uma leitura rápida e mostra o universo utópico-decadente sem muitas inovações, mesmo em 1956, em tempo foi uma primeira tentativa de de Dick de inserir seu humor característico numa novela. O resultado está longe de ser notável como em Ubik, mas ainda sim é um bom trabalho do autor, mesmo abaixo dos seus clássicos.

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