segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Resenha #217 - A Abóbada Energética, Perry Rhodan 3 (K.H.Sheer)


[As resenhas do blogue não costumam ter spoilers, mas para esta série não teremos esta preocupação. Pois ela será escrita pensando em trocar ideia com os leitores que já leram as obras. Além disso contar o enredo das primeiras histórias não constitui grande prejuízo para quem deseja começar a série, mas de qualquer forma fica o aviso]

Perry Rhodan, comandante da primeira nave terrena tripulada a pousar na Lua, retornou a nosso planeta. Pousou no Deserto de Gobi onde, valendo-se da super-técnica da nave exploradora dos arcônidas, uma raça vinda da região central da Via Láctea, instalou uma base que vem desafiando os ataques das grandes potências da Terra.
Perry Rhodan conseguiu impedir a terceira guerra mundial, mas ainda não está satisfeito. Quer promover a união da humanidade.
Mas a humanidade ainda não está madura para os planos de Perry Rhodan, Por isso a luta prossegue em torno da Abóbada Energética.

"A Abóbada Energética" é o terceiro volume da série Perry Rhodan, aquela mesma que começamos e não temos nenhuma perspectiva para terminar. Nesta volume voltamos a ter um clima de ameaça mais sério, uma vez que as potências começaram a aprender como lidar com a tecnologia dos arcônidas. Não superá-la mas conseguiram se recobrar das humilhações e do despreparo. Agora estão em condições de alvejar a cúpula de energia com uma barragem de mísseis terra-terra enquanto as potências começam a ensaiar uma união, conforme planejava nosso protagonista. Agora voltamos a ter uma ameaça real contra o protagonista, diferente do episódio anterior, a energia da cúpula além de não ser infinita, não impede o som do impacto das barragem de artilharia atormente os ocupantes da stardust, como era comum nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.

Por outro lado, Rhodan tem de lidar com sua aliança com os arcônidas que depende da sobrevivência de Crest, que no fim do volume, acorda e dá as orientações necessárias para Thora, ainda aguardando o cumprimento do trato de curar Crest, na nave principal. Thora, é orgulhosa e impulsiva, muito diferente da maioria dos arcônidas, imersa na apatia quase total. Os arcônidas são retratados como um império decadente pela falta de vontade de manter seu império, tendo em algumas das mulheres de sua raça, um resto desta vontade, porém insuficiente para manter o império. Thora é o retrato no mínimo antiquado de uma mulher no comando, principalmente pelo orgulho e impulsividade, enquanto Crest é o velho sábio ancestral, ponderado. Há muito da aristocracia inglesa nos arcônidas, neste primeiro momento.

A impulsividade de Thora não permite ver que as potências terrenas, se juntaram para uma missão espacial de bombardeio a nave dos arcônidas, com uma arma nuclear de fusão a frio, para o qual eles não estavam preparados para se defender. A humanidade ainda não estava classificada baseada nesta descoberta recente, logo as defesas não estavam esperando uma bomba deste tipo. A nave é destruída, enquanto Thora havia chegado na Terra para levar Crest e a tripulação da Stardust. Um final que me surpreendeu na época e me surpreendeu agora, relendo. Foi um bom fim para a parte terrestre da jornada de Rhodan que agora promete iniciar sua jornada aos confins do universo. Que é o mote principal da série.

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