segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Resenha #318 Solitude (Erick Santos Cardoso)

Solitude é o quarto livro da Coleção Dragão Mecânico que já li e é o mais divertido, mais leitura de praia da coleção até aqui e nisso (vale sempre insistir) não é nenhum demérito. Saber entreter com uma premissa divertida e cativar o leitor com um texto menos dramático e uma trama mais ágil e sem tantos jogos linguísticos é um feito e tanto. Solitude fez exatamente isso.

Os mais velhos vão lembrar dos jogos de navinha dos anos 1980 e 90, como Galaga, STG, Gradius ou Star Fox, onde naves espaciais destruíam alienígenas monstruosos que vagavam pelo espaço. A historia de Axel e seu esquadrão parece ser uma versão romanceada destes jogos. Eles vivem em Eden, uma colônia humana relativamente recente que foi atacada por uma frota de seres que combinam vida orgânica com metal em suas naves, ou seja, eles são as naves. Em um primeiro momento são derrotados por Axel, quanto era um ás sob o comando de Gládio, mas passado alguns anos, uma pandemia deixou a colônia de Eden acuada sob o risco de ser varrida do mapa. Uma missão, liderada em Terra por Gládio e Axel a frente do esquadrão se lançará no espaço para encontrar e neutralizar o coração desta ameaça.

A história é contada em vários capítulos pequenos que vem e voltam no tempo, intercalando a ação com momentos da vida dos pilotos e o relacionamento entre eles, muitas vezes conturbados e cheios de mágoas. É muito bacana o conceito das naves coração que usam da tecnologia copiada dos inimigos para dar alguma chance a missão, considerada por muitos inútil e suicida. Além disso, ela dá alguma explicação a todas as coisas que parecem, a primeira vista, intransponíveis dos jogos para uma narrativa longa em prosa. Cada vez que entendia esses momentos, um sorriso foi arrancado do meu rosto. Isso que não cheguei a mencionar a ação muito bem narrada e empolgante. Uma leitura curta e alucinante, que recomendo bastante.   

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