segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Resenha #319 Véu da Verdade (J. M. Beraldo)

Véu da Verdade é uma space ópera brasileira escrita por J. M. Beraldo e chegou as minhas mãos em uma promoção que o próprio autor fez antes de se mudar para o Brasil. Já conhecia o autor da sua série Reinos Eternos, e quis saber como seria uma space ópera e a surpresa foi muito grata.

Acompanhamos as aventuras da tripulação do cargueiro Lucille pelo futuro daqui há dois séculos, onde descobrimos a existência de vida alienígena. E bota vida nisso. A verdade é que somos uma espécie de "reserva ambiental" para as raças da Liga dos Mundos, de tão atrasados que somos. E não há nenhuma chance de sermos aceitos na Liga, pois seria como um formigueiro pedir adesão a ONU. Esta é apenas uma das diversas ironias e sacadas do autor para a raça humana que sempre se vê como o centro da vida inteligente no universo. Falava sobre um cargueiro, não né?! O Capitão da nave é Alex Bourdain, que tem na tripulação um ser insetoide prestativo, uma inteligência artificial que pilota a nave e não tem muita consideração pela vida humana; Flávia, uma carioca fugida de uma guerra no Brasil e do minerador nascido no Cinturão de Asteroides. Como se trata de uma nave que faz todo tipo de frete, mais personagens vão surgindo como passageiros, entre eles um cientista desastrado de São Paulo, um ser que muda de forma e um bilionário nobre. Em meio a tudo isso, temos a perseguição de um mercenário chamado Arturo que deseja a cabeça de do Capitão Bourdain.

Temos uma história muito movimentada e cheio de elementos, e um mundo rico e retratado cheio de humor, mas sem sacrificar uma história bem contada para nos fazer rir. Inclusive temos uma virada (plot-twist) sensacional para o desfecho da história. A edição é comemorativa dos 10 anos de lançamento da obra e é de 2015. Infelizmente tem uns erros de digitação, mas não atrapalha a fluidez da leitura. Contudo, merece ser resgatada principalmente para os leitores que querem uma leitura com humor, ação e um mundo muito bem construído. Se este livro cair em suas mãos, leia e me agradeça. Se não, dê seu jeito e me agradeça também.

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