segunda-feira, 25 de março de 2024

Resenha #328 A fênix na espada (Robert E. Howard)


A fênix na espada é o primeiro livro do box O Bárbaro da Ciméria da editora Pandorga com três volumes com vários (não todos) os contos do personagem mais famoso de Robert E. Howard, Conan. Gostei muito da edição, principalmente levando em conta que o box estava muito barato. Gosto de Conan desde os filmes dos anos 80 que reprisavam nos anos 90. Fiquei triste com o fracasso do filme Conan de Jason Mamoa e voltei a me aproximar do personagem escrevendo uma versão em prosa do personagem de HQ independente Peryc, O Mercenário (espero que o livro já esteja publicado quando essa resenha sair) de Denílson Reis. Assim sendo vamos ao conteúdo da box, que vai além dos contos.

A box vem com um poster e três cartões postais. Um para cada capa dos livros que vem na box. Hoje vamos falar do que vem no primeiro livro da box chamado A Fênix na Espada: O volume 1 começa com o breve texto (autoria não creditada) Antes de Conan, que ressalta a importância do personagem desde a era dos pulps, nos anos 1930, quando atravessou a grande depressão com histórias divertidas, violentas e com reviravoltas convenientes que se tornaram características da época. Logo em seguida, temos um texto descritivo, escrito pelo próprio Robert E. Howard chamado A Era Hiboriana, onde ele faz um apanhado geral de como é o mundo que ambienta as histórias de Conan. É um mundo vasto e cheio de povos guerreiros, criaturas abissais e perigos constantes. No norte, se encontram a Ciméria e a Aquilônia, locais muito importantes na vida do protagonista, mas Conan viaja por todos os cantos desse mundo. 

A fênix na espada é o primeiro conto de Conan e já traz o Conan como Rei da Aquilônia, relembrando de suas aventuras e um pouco entediado com o ônus de ter um reino em suas costas. Contudo, sua paz logo será perturbada com uma tentativa de golpe perpetrada por quatro acessores que tinha como aliado, que enviam Ascalante, um assassino, até que num sonho Conan vê um mago milenar que lhe abrira os caminhos para que ele tenha alguma chance de sobrevivência. O conto apresenta muito bem o personagem pois temos uma noção de como foi sua vida repleta de aventuras sem deixar de nos entregar uma, com violência, conspiração palaciana e criaturas sobrenaturais.

A cidadela Escarlate é o segundo conto de Conan. Ainda temos o Conan Rei da Aquilônia. Assim como um vislumbre de sua vida passada nos revelando que foi pirata e capitão de mercenários de guerra. Novamente um a intriga palaciana, tramada pelo feitiçeiro Tsotha-lanti mas que desta vez Conan acaba capturado e preso em uma masmorra. Acompanhamos o rei buscando sua liberdade da masmorra, em meio a criaturas no melhor estilo lovercraftiano, enquanto relembra a trama que o levou a ser traído e seus planos de vingança. Este conto é excelente pois vai mais longe que o anterior e vemos Conan mais furioso, ameaçador e perigoso possível!

A Torre do elefante é o terceiro conto de Conan e aqui temos a primeira aventura do Bárbaro da Ciméria jovem, em seus primeiros contatos com o mundo civilizado. Começa com Conan entrando em uma taverna cheia de ladrões e bandidos da pior estirpe. Lá ele toca de ouvido sobre uma joia impossível de roubar, que fica na Torre do Elefante, guardada por um mago cruel. Conan decide roubar aquela joia e parte até a torre. Lá ele encontra um outro ladrão, chamado Taurus que aceita invadir juntos a torre para realizar o roubo. Uma aventura direta, sucinta e sincera. As revelações sobre o mago são bem no estilo de lovercraft mas não há o flerte com o horror. Uma aventura para ler na beira da praia e sair feliz.

O Colosso negro é uma aventura de Conan em sua vida como soldado da fortuna, que retrata a primeira vez que Conan luta sem ser por dinheiro. O conto tem dois preâmbulos até a chegada do Bárbaro. Primero acompanhamos o ladrão Shevatas no templo do “mago negro” Thugra Khotan que é despertado inadvertidamente. Depois de um corte abrupto, acompanhamos a princesa Ysmaela que governa o reino de Ophir e se vê sem apoio diante de uma visão de invasão dos exércitos do "mago negro", e quando Ysmaela foi orar para a deusa Mitra encontra Conan que aceita liderar o exército de Ophir junto a seus mercenários para defender o reino. A descrição da batalha é sensacional e vemos esta faceta de general do Conan muito bem narrada, porém o final é estranho e tem um romantismo barato até para as pulps, mas não deixa de ser uma boa aventura do Conan.

O livro termina com imagens das capas da Revista Weird Tales em que foram publicados os contos presentes neste livro. Agora é pegar o segundo tomo e seguir com as aventuras!!!

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