“Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”.
A primeira frase de "A Metamorfose" de Franz Kafka é uma das, se não a mais, geniais da literatura mundial. Em primeiro lugar, é um excelente sinopse jogando o leitor diretamente na trama e, segundo, adianta o estilo direto e seco do autor. Esta secura é uma das formas de mostrar seu amargor em meio a um turbilhão de sentimentos pessoais do autor que transbordam em toda sua obra.
A metamorfose não tem explicação. A desgraça cai sobre Gregor Samsa da noite para o dia mas a máquina não pode parar. Gregor continua tensionado a ir trabalhar, inclusive deseja voltar, mesmo odiando o emprego, enquanto isso todos continuam com suas preocupações. Gregor que antes sustentava a família, agora era literalmente um inválido, porém é indigno até de pena. Nesta forma, contudo, parece livre do emprego e das obrigações o oprimiam e seu aprisionamento no quarto se dá mais pelo sustento que não pode mais prover do que pela sua condição de inseto monstruoso.
O que fica mais evidente em "A Metamorfose" é sua relação de respeito e ódio de Gregor com o pai. Essa situação é confidenciada, sem o manto da ficção, em "Carta ao pai". Entre essas duas obras, Kafka escreveu "O Veredicto" um conto escrito para sua noiva contando a estória de Bergeman um comerciante que troca cartas com um amigo na Rússia e, por mentir em suas correspondências sobre a sua situação, não sabe se o convida para seu casamento. O conto é um tanto confuso como estória e só faz sentido uma vez entendidos os dilemas de Kafka, que ainda não era tão habilidoso em cobrir seus sentimento, como viria a ser em "A Metamorfose". Ainda sim é um bom conto.
A edição lida para a resenha é a da L&PM pocket contem a novela "A Metamorfose" e o conto "O veredicto". Contém, também, textos analíticos no início e no fim do livro sobre a obra do autor e notas de rodapé que auxiliam leitores pouco iniciantes. Elas apontam as ironias e características literárias de Kafka por todo o texto. Apesar de forçar uma interpretação da obra considero como boas muletas para o leitor.
A primeira frase de "A Metamorfose" de Franz Kafka é uma das, se não a mais, geniais da literatura mundial. Em primeiro lugar, é um excelente sinopse jogando o leitor diretamente na trama e, segundo, adianta o estilo direto e seco do autor. Esta secura é uma das formas de mostrar seu amargor em meio a um turbilhão de sentimentos pessoais do autor que transbordam em toda sua obra.
A metamorfose não tem explicação. A desgraça cai sobre Gregor Samsa da noite para o dia mas a máquina não pode parar. Gregor continua tensionado a ir trabalhar, inclusive deseja voltar, mesmo odiando o emprego, enquanto isso todos continuam com suas preocupações. Gregor que antes sustentava a família, agora era literalmente um inválido, porém é indigno até de pena. Nesta forma, contudo, parece livre do emprego e das obrigações o oprimiam e seu aprisionamento no quarto se dá mais pelo sustento que não pode mais prover do que pela sua condição de inseto monstruoso.
O que fica mais evidente em "A Metamorfose" é sua relação de respeito e ódio de Gregor com o pai. Essa situação é confidenciada, sem o manto da ficção, em "Carta ao pai". Entre essas duas obras, Kafka escreveu "O Veredicto" um conto escrito para sua noiva contando a estória de Bergeman um comerciante que troca cartas com um amigo na Rússia e, por mentir em suas correspondências sobre a sua situação, não sabe se o convida para seu casamento. O conto é um tanto confuso como estória e só faz sentido uma vez entendidos os dilemas de Kafka, que ainda não era tão habilidoso em cobrir seus sentimento, como viria a ser em "A Metamorfose". Ainda sim é um bom conto.
A edição lida para a resenha é a da L&PM pocket contem a novela "A Metamorfose" e o conto "O veredicto". Contém, também, textos analíticos no início e no fim do livro sobre a obra do autor e notas de rodapé que auxiliam leitores pouco iniciantes. Elas apontam as ironias e características literárias de Kafka por todo o texto. Apesar de forçar uma interpretação da obra considero como boas muletas para o leitor.
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