Estamos de volta aos clássicos, e agora vamos resenhar uma obra de um dos autores mais importantes da Ficção Científica, por ser um dos seus precursores. "A Máquina do tempo", é tão impactante que criou um subgênero na Ficção Científica. Histórias sobre viagens no tempo se tornaram populares graças ao sucesso dessa obra e hoje é um recurso narrativo utilizado a exaustão, principalmente pelos quadrinhos e cinema - vide o último filme dos Vingadores.
A história é bastante simples. O narrador é um amigo do homem que é referido apenas como "Viajante do tempo" que narra para este e seus amigos a descoberta de um maquinário feito por esse homem que promete fazer viagens temporais. No outro dia, o Viajante no tempo volta em farrapos e conta como foi viajar para o ano 802.101. Esta forma abre precedente para que tudo não passe de lorota do nosso Viajante.
Uma vez acreditando no Viajante, temos a vida animal na Terra reduzida a seres humanos frágeis, frívolos e estranhamente felizes chamados Elois. Esses pequenos seres, não conseguem ajudar o Viajante a recuperar sua máquina, que some logo depois de sua viagem. Na sua busca, o Viajante descobre uma outra raça de humanos, os medonhos Morlocks. Como a narração aponta, o protagonista retorna ao seu tempo, mas não antes de avançar até o mais perto do fim da Terra e do Sol que consegue.
Wells consegue nos transportar para uma visão potente e viva em muito poucas palavras. Obviamente pelo texto curto, as soluções, principalmente a final, parece um pouco apressada, mas nem por isso estragam a obra pois a aventura em si não é o principal mas o mundo que ele encontrou na viagem e as reflexões que seguem.
A edição é a 4º da Francisco Alves e tem uma introdução sensacional de Jorge Luiz Borges. Vale a pena ler por ser um clássico e pelas reflexões. Recomendado!
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