O Homem Invisível (1897) de H. G. Wells é um dos clássicos da ficção científica que imortalizou o autor como um dos seus expoentes, ao lado de Mary Shelley e Júlio Verne. A obra é cheia de ação e uma imaginação fora do comum, que é a característica mais importante de um bom escritor de ficção científica.
A história foi publicada em capítulos semanais num jornal inglês. É de se esperar que essa forma busque construir uma expectativa, alimentando o mistério do homem cheio de bandagens, luvas e óculos escuros que se instala numa pousada no vilarejo de Iping, na Inglaterra. O homem é desmascarado e empreende uma fuga que o coloca contra a sociedade.
Podemos dividir a obra em duas partes. Na primeira, vemos como a sociedade despreza o diferente, mesmo que esse não faça mal algum a eles. Vemos isso pelo olhar dos habitantes do vilarejo com o reservado homem. O homem invisível toma a palavra apenas a partir da metade da obra, onde conta em retrospecto como ficou invisível e seu caminho até o vilarejo de Iping e uma perseguição após esse relato que é recheada de ação. Nessa segunda metade a reflexão deixa de ser sobre a sociedade hipócrita que julga um homem por ser diferente e passa a do homem que faz uma experiência e ganha um poder que o corrompe. Nesse ponto a obra perde consistência pois acaba validando exatamente o que criticava no início, ainda que o questionamento que passa a ser feito seja bastante válido.
Hells usa a imaginação nas suas descrições das implicações práticas de ser invisível e sua escrita é muito direta o que mostra uma opção em privilegia uma boa história, cheia de criatividade. Os primeiros leitores dessa história leram um capitulo por semana, o que deve ter gerado uma expetativa imensa do público. Ler a obra foi como maratonar uma série na Netflix e se eu pudesse reler (sem saber do mistério, obviamente) faria com as leituras semanais. Quem sabe numa próxima obra de Hells. De qualquer forma recomendo.
A história foi publicada em capítulos semanais num jornal inglês. É de se esperar que essa forma busque construir uma expectativa, alimentando o mistério do homem cheio de bandagens, luvas e óculos escuros que se instala numa pousada no vilarejo de Iping, na Inglaterra. O homem é desmascarado e empreende uma fuga que o coloca contra a sociedade.
Podemos dividir a obra em duas partes. Na primeira, vemos como a sociedade despreza o diferente, mesmo que esse não faça mal algum a eles. Vemos isso pelo olhar dos habitantes do vilarejo com o reservado homem. O homem invisível toma a palavra apenas a partir da metade da obra, onde conta em retrospecto como ficou invisível e seu caminho até o vilarejo de Iping e uma perseguição após esse relato que é recheada de ação. Nessa segunda metade a reflexão deixa de ser sobre a sociedade hipócrita que julga um homem por ser diferente e passa a do homem que faz uma experiência e ganha um poder que o corrompe. Nesse ponto a obra perde consistência pois acaba validando exatamente o que criticava no início, ainda que o questionamento que passa a ser feito seja bastante válido.
Hells usa a imaginação nas suas descrições das implicações práticas de ser invisível e sua escrita é muito direta o que mostra uma opção em privilegia uma boa história, cheia de criatividade. Os primeiros leitores dessa história leram um capitulo por semana, o que deve ter gerado uma expetativa imensa do público. Ler a obra foi como maratonar uma série na Netflix e se eu pudesse reler (sem saber do mistério, obviamente) faria com as leituras semanais. Quem sabe numa próxima obra de Hells. De qualquer forma recomendo.
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