segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Resenha #209 As Crônicas de Kérdar: A Espada de Dragão e os Dragões Vermelhos (Eduardo Alós)


"As Crônicas de Kérdar: A Espada do Dragão e os Dragões Vermelhos" é uma obra de fantasia épica de Eduardo Alós, que reúne tudo que uma boa fantasia precisa. Um mundo rico em cenários, seres, magia e guerreiros. É uma obra bastante equilibrada, há bastante personagens mas não demais, há magia mas ela não sobrecarrega tudo a sua volta. Alias o equilíbrio entre ordem e caos é justamente o que mantem o mundo de Kérdar inteiro, e quando uma guerra se anuncia entre Humanos e Elfos, é que o verdadeiro mal desperta para colocar em perigo este mundo mágico e intrigante.

A obra se divide em duas partes, a primeira é sobre a guerra entre homens e elfos, e o estopim é quando o Rei Mistgart sai para caçar e entra dentro do território elfo da Floresta Tharya - onde a caça é proibida pelos elfos - e é confrontado pelo Rei Osrond. Ambos os reis são demasiados orgulhosos para evitarem que um confronto armado entre as guardas. O resultado é um massacre dos humanos que permitiram que o Rei sobrevivesse com uma orelha decepada. Mistgart volta ao Reino de Dragun e convoca todas as províncias humanas para declarar guerra aos elfos que do seu lado faziam o mesmo, apesar da contrariedade da maioria dos súditos, inclusive dos príncipe dos humanos, Lindelöf e dos elfos Erön, que tentam juntar forças para evitar uma guerra. O resultado disso tudo acontece na segunda parte, onde um mal sobrenatural emerge das montanhas na Ilha dos Anões e só pode ser combatido com magia, para restaurar o equilíbrio entre Ordem e Caos.

O leitor mais atento vai notar que "equilíbrio" define bem esta obra. As duas metades do livro são bastante equilibradas. A magia aparece desde o início mas ganha importância e vida no decorrer da obra. Outro trunfo do autor é sua capacidade de descrição das batalhas, tanto com e sem magia, pois são muito precisas e boas de se acompanhar. Isso alia-se a sensação de grandeza dos acontecimentos que um bom épico precisa com cenas e falas de personagens mundanos, combinando numa ambientação convincente. A combinação desses elementos faz com que ao final da leitura tenhamos a sensação de ter viajado para Kérdar, um lugar com paisagem e pessoas próprias.

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